segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

BLEU


É sempre bom rever a Liberdade é Azul(1993), um filme de Krzysztof Kieslowski com Juliette Binoche, Zbingniew Zamachowski e Julie Delpy.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

AXIAL - Espaço Vazio

Versão do Projeto AXIAL para os falatórios de Stela do Patrocinio que foi interna da colônia psiquiátrica Juliano Moreira do Rio de Janeiro. Stela era mestra nas palavras.

A canção original é de Lincoln Antônio.

http://www.axialvirtual.com/

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

RAINHA DO RAIO E DO VENTO

"O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
Que Santa Bárbara é santa que me clareia"
FOTOGRAFIA: Rainha do raio e do vento - Francisco Xavier- Agosto de 2010. Montes Claros/MG.
MÚSICA: Dorival Cayme - do disco O Mar de Sophia - Maria Bethânia 2006.

domingo, 3 de outubro de 2010

FÁBRICA DE CATAVENTOS

Fábrica de cataventos from Chico-X on Vimeo.

Lançamento pela editora Fábrica de Cataventos (a menor editora do mundo) o livro CATOPOÉTICA, um livro com 14 lindas fotografias das festas de agosto em Montes claros feitas por francisco Xavier. O livro é de origami, feito por André Assis. Vejam o vídeo e peçam logo os seus!!!
Também serão lançados os livros:
Caixa de Abelhas, de André Assis 05/10 às 20h - Tempo de Entardecer, de Leonardo Valesi Valente 07/10 também às 20h e História da Menina que Chorava Letras, de Flávia Muniz Cirilo dia 12/10 às 20h.

Lançamento dos Mini Livros!

Os mini livros artesanais já têm data marcada para lançamento durante o 24o Salão Nacional de Poesia - Psiu Poético - em Montes Claros, MG. Cada título tem "tiragem" limitada de apenas 10 exemplares. Abaixo, o convitezinho distribuído em alguns pontos da cidade.

Garanta o seu!!! INFORMAÇÕES, CATÁLOGOS, PEDIDOS VIA E-MAIL:
astor_jetson@yahoo.com.br

domingo, 19 de setembro de 2010

Poemaclaridade


Poemaclaridade - vídeo poema inspirado nos falatórios de Stela do Patrocínio, com música do Projeto Axial (Claridade Luz) álbum Senóide (2007) e imagens minhas feitas numa bela tarde ensolarada e clara de Montes Claros.

Os videOpoemas serão exibidos no dia 06 de outubro no SESC-Montes Claros/MG sempre às 18 horas, fazendo parte da programação do 24° Salão Nacional de Poesia, Psiu Poético- Cinepoesia.

Fábrica de Cataventos no Psiu Poético!

"Os quatro títulos de mini livros da Fábrica de Cataventos já têm data marcada para seu lançamento durante o Psiu Poético - Salão Nacional de Poesia - que acontecerá entre os dias 4 e 12 de outubro de 2010, em Montes Claros, MG:
5/10 - 20h - Caixa de Abelhas, de André Assis
7/10 - 20h - Tempo de Entardecer, de Leonardo Valesi Valente
11/10 - 20h - Catopoética, de Francisco Xavier
12/10 - 20h - História da Menina que Chorava Letras, de Flávia Muniz Cirilo
Cada título tem uma tiragem limitada de 10 exemplares, ao preço de R$ 20,00 [com exceção de Catopoética, que custa R$ 25,00], todos confeccionados com a técnica do origami e escritos a mão com nanquim. Aguardo sua presença!"
André Assis in

domingo, 12 de setembro de 2010

The ProstitutionofArt: Francisco Xavier [26]

The ProstitutionofArt: Francisco Xavier [26]: "Francisco Xavier Montes Claros, Minas Gerais, BRAZIL www.epifaniar.blogspot.com 1. Feminino 1 2. Feminino 2"

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

videOpoemas

videOpoemas from Chico-X on Vimeo.

Psiu Poético
2010
CINEPOESIA

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

FÁBRICA DE CATAVENTOS: Primeira Tiragem Prontinha!

Prontinhos os livros com fotos de Francisco Xavier! Os mini livros foram inteiramente idealizados e confeccionados por mim, utilizando a milenar técnica do origami e escritos a nanquim. Com "tiragem" inicial de apenas 10 exemplares, estarão à venda durante o Salão Nacional de Poesia - Psiu Poético - de 4 a 12 de otubro de 2010 em Montes Claros, MG. Além de "Catopoética", incluem a mini coleção: "História da Menina que Chorava Letras", conto de Flávia Muniz Cirilo; "Tempo de Entardecer", poesia de Leonardo Valesi Valente, e "Caixa de Abelhas", poesias e mini contos de André Assis. Estão todos convidados!

FÁBRICA DE CATAVENTOS: Livrinhos para o Psiu!



FÁBRICA DE CATAVENTOS: Livrinhos para o Psiu!: "Catopoética", mini livro com 14 belíssimas imagens registradas por Francisco Xavier durante as Festas de Agosto, em Montes Claros, MG, será lançado em outubro, durante o Psiu Poético, pela Fábrica de Cataventos. Tiragem de 10 exemplares.

terça-feira, 20 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A MAGNÍFICA

"Onde a dor e a saudade"

terça-feira, 6 de julho de 2010

FRIDA


"Toda essa raiva simpesmente me fez compreender melhor que eu te amo mais do que minha própria pele, e que, embora você não me ame tanto assim, pelo menos me ame um pouquinho - não é? Se não for verdade, sempre terei a esperança de que possa ser, e isso me basta..."
Carta de Frida a Diego.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

L'enfer

Dante e Virgilio no Inferno (1850)
William Bouguereau.

sábado, 26 de junho de 2010

PAR


TAMANQUERO

(domínio público, coco da Paraíba anotado por Mário de Andrade)

Tamanquero quero um pá, quero um pá, quero um pá

Eu quero um pá de tamanco pr’eu calçá
Mas habitava Adão nesse jardim

Ai que Jesus pra ele tinha plantado
Ai mas um dia se viu triste isolado
Foi se queixar a Jesus dizendo assim:
A beleza que fizeste para mim

Ai não me dá prazer nem alegria
Jesus Cristo perguntou o que queria
Ele disse: Senhor o meu desejo
Ah é ver outro igual a mim porque não vejo
Um outro ser que me faça companhia
Ah é ver outro igual a mim porque não vejo
Um outro ser que me faça companhia
Tamanquero quero um pá, quero um pá, quero um pá

Eu quero um pá de tamanco pr’eu calçá

Comentário:História do princípio, gênese, axis, quando Adão pede um par pra ele. A história é contada na música. A narradora, na canção, também pede por um par pra ela própria. Pro eixo ter uma outra ponta e se construir. A nossa versão é cheia de sons abstratos eletroacústicos que expressam a complexidade e até “violência” do tema. Sensualidade e madeira. Vemos dois cenários metafóricos: uma marcenaria rustica onde seriam fabricados tamancos de madeira e uma menina adolescendo rezando em seu quarto. Esta última cena foi reforçada na música atraves da adiçâo de várias vozes rezando enquanto a voz principal continua cantando a melodia.

Fonte: http://www.axialvirtual.com/cd_axial_ficha.html

sexta-feira, 25 de junho de 2010

CLARIDADE LUZ


Fotografia minha da falapoema de Stela do Patrocínio do livro "Reino dos bichos e dos animais é o meu nome" Organização e apresentação Viviane Mosé. Azougue Editorial, 2001.

Montes Claros, 23 de jun 2010.

domingo, 20 de junho de 2010

SATORI USO



Direção: Rodrigo Grota

sábado, 19 de junho de 2010

L'ÉTRANGER


"Expliquei-lhe, no entanto, que a minha natureza era feita de tal modo que as minhas necessidades físicas perturbavam frequentemente os meus sentimentos" (O Estrangeiro, Albert Camus)
* Fotografia: Rosângela Rennó, Three Holes, 1998 Laminated Cibachrome print 66 x 44 1/2”/167 x 113 cm

sexta-feira, 18 de junho de 2010

FAHRENHEIT


Fotografias: Francisco de Assis Xavier Neto, Montes Claros Nov. 2007

CAIXA DE CARTAS 2



Fotografia: Francisco de Assis Xavier Neto. Montes Claros/MG 20.03.2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Menino Grande

Capa do disco Nora Ney Canta (1955)

terça-feira, 4 de maio de 2010

04 de maio



Poema do Menino Jesus


Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Alberto Caeiro

domingo, 28 de março de 2010

HIROSHIMA

Hiroshima Mon Amour. Dir. Alain Resnais - 1959.

DOR

Paula Rego Untitled n.7 1998/99

sexta-feira, 26 de março de 2010

VERTIGEM

Dir. Alfred Hitchcock, 1958, com James Stewart e Kim Novak.

quarta-feira, 24 de março de 2010

CAIXA DE CARTAS 1



Fotografia: Francisco de Assis Xavier Neto. Montes Claros/MG 20.03.2010

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ANDARILHO


Entre Montes Claros e Pedra Azul, no norte de Minas Gerais, três andarilhos solitários percorrem trajetórias distintas, relacionando-se, cada qual à sua maneira, com os elementos de um mundo onde tudo é transitório. Segundo filme da trilogia da solidão de Cao Guimarães que trata da relação entre o caminhar e o pensar. A partir do constante movimento de sons e imagens, propõe uma reflexão sobre a vida como lugar de mera passagem.


Cao Guimarães nasceu em Belo Horizonte, é cineasta e artista plástico. Desde o fim dos anos oitenta exibe seus trabalhos em diferentes países pelo mundo. Seus filmes já participaram de diversos festivais, Locarlo, Sundance, Cannes, Festival do Rio...

Para saber mais acese: http://www.caoguimaraes.com/

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

FOLHAS SECAS


Folhas Secas (Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito)

Quando piso em folhas secas
Caídas de uma mangueira
Penso na minha escola
E nos poetas da minha
Estação primeira
Não sei quantas vezes

Subi o morro cantando
Sempre o Sol me queimando
E assim vou me acabando
Quando o tempo avisar

Que eu não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade
Ao lado do meu violão e da minha mocidade

* Fotografia: Francisco de Assis Xavier Neto/Montes Claros Fev/2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CORDA MI


Prova de Carinho
(Adoniran Barbosa - Hervê Cordovil )

COM A CORDA MI
DO MEU CAVAQUINHO
FIZ UMA ALIANÇA PRA ELA
PROVA DE CARINHO

COM A CORDA MI
DO MEU CAVAQUINHO
FIZ UMA ALINÇA PRA ELA
PROVA DE CARINHO

QUANTAS SERENATAS
EU TENHO QUE PERDER
POIS O CAVAQUINHO
JÁ NÃO PODE MAIS GEMER
QUANTO SACRIFICIO
EU TIVE QUE FAZER
PARA DAR A PROVA PRA ELA
DO MEU BEM QUERER

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

YVES KLEIN


"um mundo novo necessita de um homem novo"

DE VOLTA

Nesse sábado, dia 30/01, o Cinema Comentado Cineclube, em parceria com o Sesc, apresenta A MONTANHA SAGRADA (1973), produção que fecha, com sucesso, a Mostra Alejandro Jodorowsky. No filme, o próprio Jodorowky interpreta o papel do “alquimista”, mago que reúne um grupo de pessoas que representam os planetas do Sistema Solar. Sua intenção é submeter o grupo a uma série de ritos de natureza mística para que se desprendam da bagagem mundana, antes de embarcar numa viagem em direção à misteriosa Ilha de Loto. Chegando lá, iniciam a ascensão à Montanha Sagrada, para substituir os deuses imortais que em segredo dominam o mundo.
A MONTANHA SAGRADA não é um filme convencional. Lançado na mostra não-competitiva do Festival de Cannes, este clássico absoluto do cinema extremo é estranho e indigesto: Imagens delirantes, fragmentos de puro absurdo, flagrantes que desafiam a concepção de realidade e a falta de qualquer concessão fazem da fita uma das experiências mais perturbadoras de toda a sétima arte.
A ganância, futilidade e falta de escrúpulos do ser humano são alguns dos principais alvos de Jodorowsky, mas não os únicos: tão ou mais visado é o caráter antiquado e alienante das religiões organizadas. Sendo cinema na sua mais pura essência, o filme evidentemente não aborda estes assuntos através de discursos intermináveis, mas com fotogramas que primam pela singularidade e beleza pictórica – sem esquecer o humor e a ironia na construção dos acontecimentos e dos personagens. Sarcástico, escatológico, filosófico e mimético são alguns dos adjetivos possíveis de A MONTANHA SAGRADA. Interpretações a parte, ao escancarar o caráter ilusório da odisséia dos protagonistas, Jodorowsky confirma uma de suas frases mais conhecidas: “Eu exijo do cinema o que os americanos exigem das drogas psicodélicas”. Classificação etária: 16 anos.
O Cinema Comentado Cineclube acontece todo sábado, a partir das 19h, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros – Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). A entrada é gratuita e há sempre um bate-papo após as exibições.
*Fonte: Cinema Comentado Cineclube

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

FINN AGAIN

For one psocoldlogical moment?
James Joyce. Finnegans Wake p. 432